quinta-feira, 29 de outubro de 2009

o Público que é Privado

    O homem é um animal político, logo seria o político um animal homem? Esse questionamento tem contagiado massivamente meus pensamentos nos últimos dias. Eu que sempre preferi acreditar que a honestidade e bondade do ser humano estão superiores ao egoísmo e a desonestidade, não deveria perder tempo com tal pensamento de tamanha negatividade.
    Uma das características do sistema capitalista que mais me traz repulsa é a repetição das palavras; propriedade, individualidade, exclusividade, e dos pronomes em primeira e segunda pessoa, nunca em terceira; meu, seu.
    Dentro desse contexto, a política, a administração publica como a própria nomenclatura já diz, tem como finalidade promover o interesse público e jamais o individual. Uma pessoa que pretende seguir carreira política deve ter ciência disso, mas a maioria parece desconhecer tal principio promovendo campanhas e praticando condutas simplesmente para o ‘auto-desenvolvimento’.
    Eu simplesmente não consigo compreender a facilidade que algumas pessoas têm de contornar o interesse coletivo em razão dos interesses pessoais. Claro que eu não estou me referindo à interesses pessoais de notáveis valores humanos, como por exemplo a vida de um ente querido ou a própria sobrevivência, esses interesses instantaneamente se tornariam coletivos, uma vez que nós seres humanos somos criaturas compreensivas e sabemos mensurar a importância dos bens na vida. O meu entender não aceita o egoísmo das pessoas que utilizam do poder publico para satisfazer o próprio ego, aquelas que vendem a própria dignidade por um cargo bom, ou por algum bem material ou simplesmente para fazer parte de um grupo cujo significado elas mesmas desconhecem.
    Admito ser uma pessoa inteligente, que nunca teve dificuldade de aprendizado ou coisas do tipo, possuidora de certa malícia que costuma ser confundida com maldade. O fato de não me surpreender com o melhor e principalmente com o pior das pessoas leva alguns a acreditam que espero apenas o que tenho  capacidade de proporcionar. Contudo, esperar não significa compreender, e nem minha inteligência ou minha malícia conseguiram solucionar esse não tão complexo dilema que atormenta minhas reflexões sem sucesso ou respostas.
Como pode um ser humano substituir seus fúteis interesses pessoais por notáveis interesses coletivos?

Quem puder responder, por favor, ajude-me, estou perdida.

sábado, 24 de outubro de 2009

E Se eu dissesse que não sinto nada?

''Queria dizer que só sinto torpor. Queria dizer que sinto pouco, só um pouco de tudo, superfície apenas. Seria mais fácil.
Mas tudo é perene, cada segundo, cada instante, tudo e todos deixando sua marca e desenhando o que se modifica a cada instante e que nunca se repete, sem monocórdios.
Dos acordes, quero os mais variados, composições imprevisíveis. Das bebidas, quero todas: suor, choro, saliva e sangue.
 E se for para ter medo do impulso e para pra pensar antes de ser, prefiro vestir a máscara do monocórdio.
Se eu dissesse que não sinto nada, talvez fosse mais fácil, mas não seria eu.''
(Lara Brenner)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pena de Morte

Tem sido bastante discutido no Brasil a realização de um plebiscito para se decidir sobre a implantação da pena de morte no país. Se isso ocorresse atualmente não tenho dúvida de que o sim ganharia massivamente. O senso comum, o povo, e mesmo os que se dizem estudados da classe média são totalmente a favor desse tipo de punição. Mas seria isso correto?
Alguns dos defensores da Pena de Morte argumentam que ela é a única pena adequada aos criminosos de conduta bruta que só vem sensibilizar-se sob o temor da execução, e se sentem intimidados apenas quando o seu bem mais valioso, a vida, corre risco. 
Os simpatizantes da implantação da pena de morte alegam ser ela uma pena prática e econômica, poupando o Estado de gastos maiores com a manutenção de um criminoso em penitenciárias de segurança máxima durante toda a sua vida. Acreditam ser ela uma pena eficaz, uma vez que livra de forma definitiva a sociedade dos criminosos da pior espécie.
Em contrapartida, os opositores desse tipo de pena de execução afirmam ser a pena de morte de extrema ineficiência, inconveniência e ilegitimidade, comprometendo a integridade do seu executor que se torna de uma forma ou de outra semelhante ao executado uma vez que compromete um bem tutelado pelo Estado, a vida. Outro fator que impede a eficácia dessa pena são as chocantes desigualdades na aplicação da mesma, seja pelos diferentes graus de severidade ou por motivos de ordem econômico-social havendo o risco de injustiça para com os menos favorecidos financeiramente, devido as suas condições de se defenderem serem menores.
Mas é inegável a existência de criminosos incorrigíveis, aqueles cuja capacidade intelectual é ilimitada, praticantes de crimes bárbaros sem demonstrar o menor arrependimento ao relatar seus feitios, descrevem um estupro seguido de homicídio e mutilação com a mesma naturalidade que uma pessoa normal descreveria suas férias. 
O que fazer com esses criminosos? Deixá-los pelo resto de suas vidas em prisões de segurança máxima, expondo a sociedade ao risco de uma possível fuga, ou os funcionários das prisões à um ataque inesperado? Continuar realizando gastos com a manutenção e infra-estrutura na segurança dessas penitenciárias? Sem dúvida alguma a eliminação desse tipo de delinqüente seria a forma mais econômica e prática para o exercício da punição dessas pessoas, mas jamais seria a forma mais legítima ou humana de se corrigir uma sociedade.
De acordo com Frederic Mercuri a pena de violência, nesse contexto a pena de morte é moralmente errada, pois desumaniza o mundo. Apesar de dados científicos comprovarem que a pena de morte não diminui a criminalidade, 76 países ainda a adotam como forma de punição de crimes julgados graves e imperdoáveis. Países como os Estados Unidos, China, Afeganistão, Antígua e Barbuda, Palestiniana, Bahamas, Bahrain, Bangladesh, Barbados, Bielorússia, Belize, Botswana, Burundi, Camarões, Cazaquistão, Comoros, R.D. Congo, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Cuba, Dominica, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Eritreia, Etiópia, Filipinas, Gabão, Gana, Guatemala, Guiné, Guinié Equatorial, Guiana Francesa, Iemén, Índia, Indonésia, Irão, Iraque, Jamaica, Japão, Jordânia, Koweit, Laos, Líbano, Lesoto, Libéria, Líbia, Malawi, Malásia, Mongólia, Nigéria, Oman, Paquistão, Qatar, Quirguizstão, Ruanda, ST Chrístopher, Saint Lucia, Saint Vincent E Grenadines, Arábia Saudita, Serra Leoa, Singapura, Somália, Sudão, Suazilândia, Síria , TaiwanA, Tajiquistão, Tanzânia, Tailândia, Trindad e Tobago, Uganda, Uzbequistão, Vietname, Zâmbia, Zimbabwé.
Ao contrário do que muitos acreditam no Brasil existe um dispositivo prevê a aplicação pena de morte. De acordo com a redação da Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º inciso XLVII “não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX”. Esse tipo de pena é prevista também pelo Código Penal Militar, nos crimes de traição (art. 355), de favorecer o inimigo (art. 356), de tentativa contra a soberania do Brasil (ART. 357) etc.

Natália Bayeh

Lógica do assunto por Nelci Silvério:

*Pena de morte estabelecida para assassinos, logo; o legista, o juiz e o carrasco também se tornam assassinos aptos a sofrer a mesma pena. Se assim seguirmos não sobrará um habitante na Terra.

*Seria possível haver algum BOM matador?

‘É preferível inocentar 100 vezes um culpado a condenar 1 vez um inocente!’

Deve-se tomar cuidado, para não ser condenado pela própria sentença.

*"Não existem penas eternas para culpas temporárias"
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...